Organização do Tratado de Cooperação Amazônica vai monitorar desmatamento
20 de febrero de 2013

Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que fazem parte da OTCA, também devem apresentar, ainda este ano, uma relação de empresas e instituições locais que podem contribuir com projetos desenvolvidos na região.

Publicado por JB.com.br, Brasil

Brasília, 20 de fevereiro (AB)- A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) pretende instalar salas de observação nos oito países da América do Sul que tem parte da floresta amazônica em seus territórios para monitorar o desmatamento na região. O governo brasileiro pode ser um dos principais colaboradores da medida, mas cada nação vai poder adaptar o monitoramento às suas necessidades e a realidade da Amazônia presente em cada território.

Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que fazem parte da OTCA, também devem apresentar, ainda este ano, uma relação de empresas e instituições locais que podem contribuir com projetos desenvolvidos na região. A proposta é tentar atrair recursos domésticos e garantir a soberania do território verde que ainda depende do dinheiro de governos de outros países e de organizações internacionais.

Atualmente, a maior parte dos recursos utilizados pela OTCA para desenvolver ações de preservação ambiental, monitoramento de desmatamento e melhoria de serviços públicos básicos, como saúde e educação para os povos amazônicos, são custeados pelos governos da Alemanha e da Holanda.

Os dois países europeus apoiam a OTCA desde 2007, quando disponibilizaram US$ 9 milhões para serem utilizados em cinco anos. Em 2012, a contribuição financeira foi renovada por mais cinco anos no mesmo valor. Além dos recursos, a organização ainda depende de parcerias com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e com o banco alemão KfW, entre outras instituições estrangeiras.

"Criamos um grupo de trabalho para identificar estas empresas que atuam na Amazônia. Outra fonte possível é a Comunidade Andina de Fomento, mas ainda não estabelecemos um diálogo. Podemos ter estas respostas na próxima reunião", disse o embaixador surinamês Robby Ramlakhan, secretário-geral da organização.